Você tem medo de que? Separamos uma lista com fobias diferentes (que também são as fobias mais raras do mundo), mas que são bem reais; confira e entenda como cada uma delas impacta na vida das pessoas!
A natureza humana é, muitas vezes, complexa. Possuir uma fobia vai muito além de um medo comum, é um estado de ser que pode gerar emoções distintas. Fobia é definida como um distúrbio de ansiedade, que gera um medo que persiste em relação à um objeto ou coisas vivas.
Embora usemos aqui como sinônimo para medo, vale destacar que fobia é diferente do medo propriamente dito, pois além de ser mais intensa gera um grande impacto na vida das pessoas. Ter fobia faz com que elas corram das situações, objetos e pessoas que causam essa sensação extremamente desconfortável para elas.
Existem muitas fobias por aí, muitas delas são bem comuns, e escutamos falar com certa frequência, como por exemplo fobia de aranha, lugares apertados, relâmpagos, ficar sozinho e por aí vai, no entanto existe uma parcela que não são tão comuns e, na verdade, chegam a ser fobias estranhas por que nunca imaginaríamos que tal distúrbio poderia existir.
Apesar de parecerem um tanto cômicas, estas fobias são reais, contudo pouco compreendidas, elas são classificadas como “fobias específicas” pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Sem mais delongas, vamos à elas.
As fobias de cores
As cores costumam despertar diferentes sensações e memórias, mas para quem possui fobia delas, estas serão sempre negativas. As fobias causadas pelas cores estão sempre associadas à experiências negativas que se tem com elas.
Existem, na verdade, não somente um medo específico de uma cor, mas de várias e cada uma possui um nome e uma diferente causa, por exemplo a xantofobia (do grego xanthós, “yellow”, “amarelo”) é um específico da cor amarela e pode ser causada por traumas envolvendo ela, com ser picado por uma abelha ou atingido por um objeto da cor amarela. O mesmo ocorre com a Erythrophobia (do grego erythros, “red”, “vermelho”), Cyanophobia (do grego kyanos, “dark blue”, azul escuro) e por aí vai.
Vale destacar que algumas fobias estão associadas à situações específicas que envolvem a cor, por exemplo, no caso da Erythrophobia, o vermelho está presente no sangue, o que pode causar um sintoma conjunto com a hemophobia, “medo de sangue”, assim como o rubor, vermelhidão no rosto, que podem ser causada por situações de nervosismo.
É interessante relacionar que dependendo da fobia que a pessoa tiver, mais prejudicada suas relações sociais pode se tornar, isso porque, enquanto uma cor é menos naturalmente e industrialmente encontrada, outras existem com abundância, é o caso do azul. Então as pessoas com Cyanophobia, podem sofrer estresse e crise de pânicos diários.
Você pode se interessar também: músicas de cantoras asiáticas que viralizaram
Araquibutirofobia
Tão esquisita quanto o nome, essa fobia se traduz em um medo específico da pasta de amendoim ficar grudada no céu da boca, é fácil compreender que pode se estender para diferentes tipos de alimentos pastosos que têm essa mesma capacidade. Apesar de parecer cômica, a situação já é incômoda para pessoas sem o distúrbio, imagina quando ela apresenta os sinais, as reações vão desde ansiedade extrema à ataques de pânico.
Esta fobia é considerada uma das fobias mais raras do mundo, assim como várias desta lista, e é derivada de outras fobias como medo de coisas pegajosas ou de se engasgar e pode ser ativada por um evento traumático como ser alergia ou ter se engasgado
Nomofobia
Essa fobia é um medo irracional que provavelmente surgiu nos tempos modernos, isso porque se traduz em um desconforto e ansiedade excessivos de ficar sem comunicação, seja por meio do celular ou computador, nas situações em que eles falham, têm bateria baixa ou não estão presentes e há a necessidade de se comunicar.
As pessoas com a fobia podem chegar a ter ataque de pânico. Ela é normalmente ativada quando a pessoa já possui um vício no telefone. Ah, e caso esteja se perguntando sobre a origem do nome, vem das expressões inglesas no mobile (sem celular).
Turofobia
É o medo de queijo, isso mesmo! O termo vem do grego “turi, “chesse”, “queijo” e a fobia está associada à algum tipo de aversão à aparência, cheiro ou gosto dele. Sendo uma fobia rara, as pessoas neste caso se tornam incapazes de comer o queijo ou mesmo tocá-lo.
Pogonofobia (extra: Santaphobia )
É um estranho medo específico de pêlos faciais, o que pode incluir barbas e bigodes. A palavra vem do grego pogon, “beard”, “barba”. As pessoas com esse tipo de fobia possuem relações bem complicadas, isso porque barba é algo muito comum em qualquer pessoa, diferente da fobia anterior, que pode ser evitada até certo nível, isso implica em uma dificuldade de relação social severa, pois sair com pessoas ou mesmo assistir filmes se torna uma tarefa complicada.
Alguns fatos curiosos sobre essa fobia é que ela pode ser causada devido à uma série de associações irracionais, embora explicáveis, à pobreza, doença e pessoas sem teto e, assim como falamos na fobia sobre cores, ela pode se cruzar com outras fobias, como é o caso da Santaphobia, que é um medo do Papai Noel (chamado em inglês de Santa Claus), e está relacionada com a sua barba grande.
Optofobia
Esta pode ser uma fobia assustadora, porque pode causar uma debilitação social séria nas pessoas que a possuem, e ela nada mais é que o peculiar medo de abrir os olhos. Opt vêm do grego e significa olhos. Não precisa nem mencionar que isso afeta completamente o dia a dia da pessoa, que naturalmente vai preferir ficar em áreas com pouca iluminação e dentro de suas casas
Hipopotomonstrosesquipedaliofobia
Não! Nós não caímos de cabeça no teclado e digitamos a palavra sem querer. Brincadeiras a parte, a fobia está subjacente ao nome dela, isto porque seria, ironicamente, o medo de palavras grandes. Mas, na verdade, esta é uma palavra inventada como brincadeira para se referir à um medo real que tem suas raízes na infância, quando as crianças têm medo de serem postas ao ridículo ao pronunciar determinada palavra que soa difícil em frente a outras pessoas, por um medo de acharem que ela é menos inteligente ou capaz.
É uma daquelas fobias incomuns, e também é conhecida pelos encurtamentos do nome original: equipedalofobia ou sesquipedaliofobia (do latim sesquipedalis, “palavra longa”, “um pé e meio de comprimento”), ou mais tecnicamente como megalologofobia (do grego megalo, “grande” e logos, “discurso”). Ufa, nomenclaturas a parte, é curioso destacar que esta fobia é comumente diagnosticada em crianças com dislexia – que a grosso modo seria um distúrbio de aprendizado que retarda o processo alfabetização.
Plutofobia (extra: peniafobia)
Esta fobia faz referência ao deus romano da riqueza: Pluto. Logo é possível inferir ao que se refere. O medo da riqueza se apresenta de diferentes formas, como sendo o medo de possuir dinheiro, de pessoas que o possui ou do próprio objeto físico chamado dinheiro, ou associados à ele.
As pessoas com essa fobia não só evitam o dinheiro, mas podem evitar situações que o gerem, e isto quer dizer que até mesmo trabalhar pode ser um problema para elas, pois sabotam suas carreiras profissionais com medo de que elas vá levá-las à riqueza. Este medo também pode ser causado por conta da pressão e responsabilidades que existem em torno da geração de riqueza, isto é, abdicar de certos lazeres para estudar bastante e prosperar ou acumular muito trabalho e tornar a rotina pesada.
A contraparte desta fobia se chama Peniafobia (do grego penia, “pobreza”), que seria justamente o medo da pobreza, ela funciona de modo inverso à Plutofobia, mas normalmente afeta pessoas que já possuem riqueza, e tem medo de perde-la, esse medo faz com que elas evitem gastos a todo custo
Um pouco surpreendente, não? Mas bom, estas foram somente algumas das fobias estranhas que existem por aí, na verdade existem dezenas inimagináveis que poderíamos citar, e caso se interessem, podemos trazer outras fobias estranhas e raras por aqui, basta comentar.
Vale lembrar também que fobias são processos complexos de associações, fatores genéticos, ambientais e experiências negativas com o objeto ou situações que podem desencadeá-las. Muitas vezes, como vimos nesse artigo, elas se sobrepõem ou se derivam e a ciência moderna assume uma falta de compreensão em relação à elas, mas tudo indica (com pesquisas e artigos) que elas são bem reais.
Fontes: Phobiapedia / Imagens: Freepik e Pexels
Para se manter antenado e receber mais notícias sobre cinema e entretenimento e o que está rolando pelas redes sociais, acompanhe a Cultura Pixel . Assine a nossa Newsletter para receber as novidades pelo e-mail.